A violência é um problema que sempre esteve presente na história da humanidade. Desde a idade da pedra a violência já era usada como forma de resolução de problemas entre partes em conflito. A violência também, ainda hoje, é usada como forma de punição contra delitos de diversas espécies. As guerras espalhadas pelo mundo já mataram milhares de pessoas, mas como se fosse uma guerra, o trânsito também mata milhares de pessoas todos os anos e isso acontece numa velocidade incrível. Mas a violência no trânsito não é aplicada por uma terceira pessoa como forma de punir o infrator, e sim uma autopunição, já que na maioria das vezes o próprio infrator se aplica essa violência e ela torna-se apenas reflexo dos abusos do próprio motorista. Isso sem contar com os inocentes que se tornam alvo desses motoristas inconseqüentes e tem que pagar a imprudência daqueles com a vida. Uma simples fechada no trânsito e pronto, já surge um motivo de desavença e que, às vezes, acaba em agressão e até em morte.
Os motivos são na maioria das vezes muito banais. Motoristas despreparados, pessoas estressadas dirigindo, imprudência e uso de bebidas alcóolicas, são alguns dos diversos agravantes dessa violência cada vez mais crescente, principalmente no Brasil. O trânsito brasileiro é um dos mais violentos do mundo, com números anuais comparados aos de uma guerra civil. Mais de 30 mil pessoas por ano morrem de acidente de trânsito no país segundo dados oficiais. Um número mínimo de quatro pessoas por hora morrem nas vias do Brasil. São cem por dia. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) estima que foram 32.465 mortos em 2008. Já o Ministério da Saúde tem outro número: 37.585.
O álcool é o principal vilão do trânsito segundos os especialistas do assunto. A Lei Seca já não intimida mais os motoristas. O uso de bebidas antes de pegar a direção de um automóvel é crime, mas essa prática é muito comum entre os condutores brasileiros. No Rio de Janeiro, onde a fiscalização e mais intensa, após um ano e meio depois de a Lei Seca vigorar, o número de vítimas recuou 30% em 2009.
Outros grandes vilões do trânsito são a imprudência e o desrespeito à sinalização. Ultrapassagens proibidas e perigosas, motorista atendendo-o telefone celular, excesso de velocidade e manobras arriscadas são uma pequena amostra de cenas constantes e muito comuns de se ver nas estradas e avenidas brasileiras.
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